sábado, 31 de março de 2012

Capítulo 6: i'm your friend.


#Selena On
Após o recreio, o qual permaneci solitária, como sempre, houveram duas aulas na SPSDAI. Essa sigla significa Sala Para Sonecas Durante Aulas Insuportáveis. Sempre tem algum professor que cospe na cara dos outros lá. Esse lugar é horrível, principalmente porque eu entro nos sonhos de todos os preguiçosos da sala de aula, e, inacreditavelmente, todo mundo tem os mesmos sonhos todas as vezes em que eu entro. David sonha com cores caleidoscópicas girando. Demi, que quase não dorme, sonha com o irmão falecido dela. Miley sonha com o Liam com cabelos esvoaçantes na praia (e o resto do sonho é extremamente constrangedor). E, sempre depois de todos os sonhos, eu quase caio de fraqueza, além de ficar com fome e ter a respiração cada vez mais ofegante. Com as mãos ainda trêmulas, procurei meu lápis para rabiscar alguma coisa no caderno, para fingir que estou prestando atenção. Não o encontrei em lugar algum. Logo, alguém cutucou-me. Olhei para trás. Era Taylor Lautner. Seus cabelos levemente arrepiados eram negros como ébano, e me lembravam, um pouco, a franja do Logan. O Taylor era um garoto que eu conheci logo ao conhecer a Demi. Ele era esquizofrênico, gótico, morava sozinho desde a morte dos pais, quando ele tinha catorze anos, e quase ninguém falava com ele. Ele exibia um sorriso de lado, mostrando parte dos dentes.

 — Desculpa incomodar, Selena, mas...  — ele falou baixo e pegou algo do chão — você deixou seu lápis cair.

Ele segurava um lápis azul, com uma borracha vermelha na extremidade. Aquele realmente pertencia a mim, e  peguei a outra extremidade do lápis. Sorri, sussurrando um "obrigada", tentando não parecer cansada, e voltei a rabiscar alguma coisa. Mordi meu lábio. Aquela aula era extremamente chata, e, quem dormia, não sonhava, naquele momento, portanto, não fui puxada para nenhum sonho, então, regogizei baixinho. Encarei o professor McSinth, que falava (aliás, cospia) sobre Robinson Crusoe, aquele livro do Daniel Defoe que fala sobre um cara que virou náufrago e tal. Eu odiava aquele livro, pois me lembrava os tempos o qual eu tinha um professor de literatura em Toronto que sempre falava sobre ele. Uma vez, o professor dormiu na biblioteca a qual eu estava, e que teve sonhos os quais ele abusava sexualmente de todas as alunas dele. E ele sorria sarcasticamente, com malícia no olhar. Esse foi, definitivamente, um dos sonhos mais horripilantes e traumatizadores os quais presenciei em toda minha experiência com esse troço de sonho. Nunca mais consegui olhar na cara dele. Graças a Deus, me mudei pra cá com a minha mãe, que, por sinal, já deveria estar trabalhando. Olhei para o lado. David estava ali, tossindo a cada cinco minutos, e, de repente, percebi uma secreção avermelhada sair de sua boca e entrar em contato com a sua mão, e logo vi uma expressão de surpresa em seu rosto. Assustei-me de imediato, e ele pediu licença ao professor e saiu da sala. Pus minhas mãos sobre o rosto. O que eu poderia fazer? O que realmente estava acontecendo? Mas não concluí meu pensamento. Meus pés ficaram dormentes. Eu não consegui sentir meus braços. Abaixei a cabeça, e senti uma imensa dor na mesma. Merda. Alguém estava sonhando.

#Selena Off

# Dreams' beginning

Selena permaneceu imóvel. Ela não podia se locomover. Somente olhava para a frente, e via uma árvore gigantesca, desproporcional, de acordo com as árvores que conhecia. Sua visão tornou-se prejudicada, e ela mal podia respirar direito. Ela ouviu palavras como "morra" ou "ninguém quer você vivo" e começou a estranhar o fato. Logo apareceu Taylor Lautner, em cima de um galho na árvore, tampando os ouvidos. Seus olhos estavam roxos, e ele sangrava. Parecia ter sido espancado. Uma multidão começou a se formar diante da árvore, e o "morra" se tornou mais intenso e confuso. Milhões de mãos começaram a puxar Lautner com força, e ele tentava se manter no lugar. Ele rezava. E, de súbito, eles o machucavam. Selena tentou desviar o olhar e sair daquele sonho desesperador, mas não conseguiu. Afinal, nunca conseguiu. O sonho sempre acabava antes dela tentar. Mas, dessa vez, o sonho estava demorando a acabar. Taylor estava sendo dilacerado e xingado por uma multidão. Ele era o único que podia vê-la, afinal, o sonho era dele. E ele sussurrou "me ajuda", olhando para o rosto dela. E tudo se tornou escuro.

#Dream's End

#Selena On

Aquela foi a primeira vez que eu entrei num sonho do Lautner. Aquilo foi, de longe, aterrorizante e mórbido. O chistoso da situação foi o fato das vozes que ele escuta o perseguirem nos sonhos. Além do mais, aquilo fora surreal. Imaginando bem, eu nunca veria o Lautner daquele jeito. Ele sempre foi forte e praticava atletismo, tanto que até fora campeão de uma maratona interestadual. Mas me dava pena. Ele sempre foi simpático, bonito, e, por causa de sua doença psicológica, ninguém sequer conversava com ele. Sempre foi muito quieto e obscuro. A ausência da presença dos pais, talvez, fora a causa desse distúrbio psicológico. Eu nunca soube, aliás, nunca ousei perguntar. Afinal, ele poderia ficar magoado.
Bateu o sinal do final da aula. Ótimo. David ainda não chegara, e tínhamos que passar mais uma aula na SPSDAEI, com o mesmo professor. O fato de David ainda não ter chegado me apavorou. O que deveria ter ocorrido? Será que aquele sangue... Não, não pode ser!

#Selena Off

CONTINUA...

Gente, desculpa mesmo, esse episódio não ficou bom, afinal, eu estou planejando muitas coisas ao mesmo tempo, e a sociedade (lê-se mãe) quer que eu seja mais sociável.

Ok, comentem que eu postarei.
Um abração,
Love Never Lasts

quinta-feira, 8 de março de 2012

Entrelinhas. {texto}

Eu te escutava o quanto você precisou.
Eu te abraçava quando você estava sozinho.
Eu te fazia sorrir quando você estava prestes a derrubar uma cachoeira pelos olhos.
Eu era quem você precisava.

Eu cheguei em casa chorando naquele dia, correndo para o quarto. Meu pai, preocupado, bateu na porta inúmeras vezes, perguntando o que tinha acontecido. Eu disse que tudo estava bem. Eu menti, óbvio. É claro que quando alguém que você ama muito usa e abusa do seu amor e te descarta, como um copo de plástico. E esse alguém sempre foi você. Lembra das noites que passamos embaixo daquele coqueiro, contando estrelas? Lembra das manhãs que a gente ficou brincando, feito crianças, quando você dormia aqui em casa ou quando eu dormia na sua? Lembra das tardes que a gente ficava olhando pro alto, e falava besteiras? Eu me lembro de cada palavra doce que você disse. E, sim, eu te amava, e muito. Você sabia disso, eu disse na sua cara, todas as coisas que eu fiz por você. Eu implorei pra sua atual namorada não te dispensar, porque ela não gostava mais de você. E, só porque ela contou tudo pra você naquele momento, você encheu a cara e começou a me culpar. Desculpa, P. ... Desculpa por tentar te fazer feliz. Eu tentei, e eu não sou perfeita. Eu lembro do seu primeiro beijo, que foi comigo. Agora, você deve estar na sua cidade natal, ficando com todas. E eu sei que você também me amava. Mas esse sentimento se transformou em ódio, num ódio. Eu nunca havia visto os seus olhos tão avermelhados, muito menos você bebendo, o que nunca tinha acontecido. E eu me culpo, todo santo dia, por ter feito isso pra você. Eu era sua amiga, era pra eu te ajudar, dizer a verdade pra você, que ela gostava de outro cara, tentar te consolar. Eu sou uma retardada, uma imbecil. Eu não aguento mais suportar a ideia de que você não quer mais me olhar na cara. Você não vem mais pro local onde moro, e, quando vem, sempre dá um atalho pra passar por um lugar onde não frequento. E eu sempre descubro tarde. É, eu sei que você espalhou boatos sobre mim. Disse que eu era lésbica, que eu havia me transformado em um monstro, que eu era... Sei lá, qualquer coisa, menos o que eu sou realmente. Estou aos prantos, e com o coração apertado, ao escrever isso. Eu juro que minhas mãos doem. Eu parei de fazer as coisas que você amava que eu fazia, tipo tocar algum instrumento ou alguma mania ridícula. Mas eu percebi que aquilo era bom pra mim, e eu duvidava que aquilo iria te fazer feliz um dia.
Eu sei que você nunca vai ler isso, ainda menos dar importância. Eu queria ser feliz, ao seu lado ou não. E nem isso eu consigo ser. Eu estou com as pernas bambas, não gosto de falar sobre você, não gosto de lembrar de você, muito menos ver suas fotos. Você mudou, virou um polígamo ridículo e fútil. Não gosto de te ver assim, mas, você não gosta de agradar ninguém, muito menos a si mesmo.
Bom, é isso.
Adeus.



Sim, isso foi um texto que eu fiz, semana passada. Aliás, é só um resumo dele, porque, na verdade, ele tem doze páginas e meia, eu estava de cabeça cheia, comecei a escrever e deu nisso. Espero que tenham gostado desse resumo, porque eu prefiro o textão, porém não deu pra colocar tudo... Desculpa mesmo. E, sim, o próximo capítulo está a caminho, só há um conjunto de obstáculos chamados "tempo, escola, livro e a tal vida social" que não permite que eu publique. Desculpa, mesmo ;xx
Ah, e o próximo capítulo será o resto do primeiro dia de aula, e o último de alguém por aí. Quem será? Vocês verão U.U, não vou contar merda nenhuma, mas tá né. Ah, e eu estou planejando uma mini fic, que se chama Breathe, e será muito fofa. Se der tempo, eu posto. Senão, eu dou um jeito. (:
Obrigadinha,
LoveNeverLasts ;D
LoveNeverLasts (;