quinta-feira, 8 de março de 2012

Entrelinhas. {texto}

Eu te escutava o quanto você precisou.
Eu te abraçava quando você estava sozinho.
Eu te fazia sorrir quando você estava prestes a derrubar uma cachoeira pelos olhos.
Eu era quem você precisava.

Eu cheguei em casa chorando naquele dia, correndo para o quarto. Meu pai, preocupado, bateu na porta inúmeras vezes, perguntando o que tinha acontecido. Eu disse que tudo estava bem. Eu menti, óbvio. É claro que quando alguém que você ama muito usa e abusa do seu amor e te descarta, como um copo de plástico. E esse alguém sempre foi você. Lembra das noites que passamos embaixo daquele coqueiro, contando estrelas? Lembra das manhãs que a gente ficou brincando, feito crianças, quando você dormia aqui em casa ou quando eu dormia na sua? Lembra das tardes que a gente ficava olhando pro alto, e falava besteiras? Eu me lembro de cada palavra doce que você disse. E, sim, eu te amava, e muito. Você sabia disso, eu disse na sua cara, todas as coisas que eu fiz por você. Eu implorei pra sua atual namorada não te dispensar, porque ela não gostava mais de você. E, só porque ela contou tudo pra você naquele momento, você encheu a cara e começou a me culpar. Desculpa, P. ... Desculpa por tentar te fazer feliz. Eu tentei, e eu não sou perfeita. Eu lembro do seu primeiro beijo, que foi comigo. Agora, você deve estar na sua cidade natal, ficando com todas. E eu sei que você também me amava. Mas esse sentimento se transformou em ódio, num ódio. Eu nunca havia visto os seus olhos tão avermelhados, muito menos você bebendo, o que nunca tinha acontecido. E eu me culpo, todo santo dia, por ter feito isso pra você. Eu era sua amiga, era pra eu te ajudar, dizer a verdade pra você, que ela gostava de outro cara, tentar te consolar. Eu sou uma retardada, uma imbecil. Eu não aguento mais suportar a ideia de que você não quer mais me olhar na cara. Você não vem mais pro local onde moro, e, quando vem, sempre dá um atalho pra passar por um lugar onde não frequento. E eu sempre descubro tarde. É, eu sei que você espalhou boatos sobre mim. Disse que eu era lésbica, que eu havia me transformado em um monstro, que eu era... Sei lá, qualquer coisa, menos o que eu sou realmente. Estou aos prantos, e com o coração apertado, ao escrever isso. Eu juro que minhas mãos doem. Eu parei de fazer as coisas que você amava que eu fazia, tipo tocar algum instrumento ou alguma mania ridícula. Mas eu percebi que aquilo era bom pra mim, e eu duvidava que aquilo iria te fazer feliz um dia.
Eu sei que você nunca vai ler isso, ainda menos dar importância. Eu queria ser feliz, ao seu lado ou não. E nem isso eu consigo ser. Eu estou com as pernas bambas, não gosto de falar sobre você, não gosto de lembrar de você, muito menos ver suas fotos. Você mudou, virou um polígamo ridículo e fútil. Não gosto de te ver assim, mas, você não gosta de agradar ninguém, muito menos a si mesmo.
Bom, é isso.
Adeus.



Sim, isso foi um texto que eu fiz, semana passada. Aliás, é só um resumo dele, porque, na verdade, ele tem doze páginas e meia, eu estava de cabeça cheia, comecei a escrever e deu nisso. Espero que tenham gostado desse resumo, porque eu prefiro o textão, porém não deu pra colocar tudo... Desculpa mesmo. E, sim, o próximo capítulo está a caminho, só há um conjunto de obstáculos chamados "tempo, escola, livro e a tal vida social" que não permite que eu publique. Desculpa, mesmo ;xx
Ah, e o próximo capítulo será o resto do primeiro dia de aula, e o último de alguém por aí. Quem será? Vocês verão U.U, não vou contar merda nenhuma, mas tá né. Ah, e eu estou planejando uma mini fic, que se chama Breathe, e será muito fofa. Se der tempo, eu posto. Senão, eu dou um jeito. (:
Obrigadinha,
LoveNeverLasts ;D
LoveNeverLasts (;

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