terça-feira, 10 de abril de 2012

Capítulo 07: You, me, us. {feito às pressas, ma pardon}


#Joseph Adam Jonas On

Sentei no chão novamente. Aquilo, definitivamente, não era o meu quarto. Os novos proprietários mandaram pintá-lo de preto, sabe-se lá por que razão. Sem os móveis, ele parecia ter o quádruplo do seu tamanho original. As minhas malas já estavam no carro, minha mãe já havia ido embora mais cedo, e eu estava tentando arrumar coragem pra descer. Eu suava frio. Morar em outro lugar me deixava pasmo, já que Toronto era o local onde eu sempre habitei, desde pequeno, e me acostumei com os acontecidos por lá. A minha vida já não era a mesma; com o divórcio dos meus pais, eu me tornei mais fechado. Encarei o telefone em minhas mãos. Lembrei-me do telefonema que eu havia acabado de receber de meu pai.

– Se você mudar de ideia, Joseph, é só ligar, que eu e a Tracy iremos te buscar.

Aquelas palavrinhas irritantes ecoavam pela minha cabeça, e, novamente, ele citara a criatura de cabelos oxigenados de vinte e cinco anos de idade a qual havia se casado com ele por puro interesse. Eu odiava aquela mulher. Além de medíocre, ela tinha idade pra ser minha irmã, aliás, tínhamos a mesma idade. Após concluir os estudos, eu me tornei cada vez mais autoritário comigo mesmo. Não consegui aceitar os fatos, de maneira alguma. Minha mãe estava exausta, ajeitando tudo para que morássemos em Winstontown, e ele, provavelmente estava deitado na cama com uma adolescentezinha mimada. Isso me irritava, muito.

Encarei o teto, ainda branco, novamente, e ouvi três batidinhas suaves na porta. Involuntariamente, olhei para a mesma, a qual estava aberta. Encontrei Ashley Greene encostada nela. Seus cabelos castanhos extremamente lisos estavam presos à uma trança desarrumada, e seu rosto estava vermelho. Dei um meio sorriso. Afinal, o que eu poderia fazer? Há duas noites, Ashley havia ficado bêbada numa festa e ficou agarrada nos bíceps e nos lábios de um boyzinho, na minha frente. Por mais que ela pedisse desculpas, aquela imagem ficou grudada na minha cabeça, e ouvir ela me insultando, me xingando, entre coisas mais, era horrível. Eu queria perdoá-la, mas não consegui. Perante à toda aquela insinuação, não consegui aguentar e, expressei certa decepção em meu olhar. Ela entrou, e sentou-se ao meu lado. Pude sentir seu aroma invadir todo o interior de meu quarto, e, de certa forma, aquele cheiro ainda me hipnotizava. 

– Eu não acredito que você vai pra Winstontown... – Ela murmurou, demonstrando certa insegurança e medo em cada letra que ela pronunciara. 
– É meio irônico você dizer isso, Ash. – falei, por impulso, ajeitando meus óculos com o polegar. Meus dedos já atravessavam meu próprio cabelo, e eu não aguentava ficar no mesmo cômodo que ela. 
– Joe, eu... – ela disse, porém diminuiu seu volume de voz – sinto muito.
– Eu creio em você, Ash. Só não consigo mais acreditar nos seus olhos. These smiling eyes are just a mirror for... – murmurei, no ritmo da música Road Tripping.

Ela sorriu, ao lembrar da música a qual cantamos juntos na nossa viagem para Colorado, para passarmos o Reveillón do ano anterior. Seu sorriso demonstrava felicidade, medo e tristeza ao mesmo tempo. Eu a conheço muito bem. Aquilo era uma espécie de terapia pra mim: ver seu sorriso. Mas aquele sorriso só começou a me fazer morrer por dentro. 

– Eu vim aqui pra te pedir um favor, Joe. – ela murmurou, corando e ficando cabisbaixa ao mesmo tempo. – E... e-eu não s-sei se você v-vai concordar co-comigo, m-mas...
– Diga, Ash. – falei, indiferentemente.
– Me dá um último beijo, Joe?

Ao ouvir aquilo, permaneci incrédulo, porém não demonstrei aquilo. Ela permanecia cabisbaixa, e seu rosto parecia uma maçã de tão encabulado. 

– Claro, Ash. – dei um meio-sorriso.

Ela ficou duzentas vezes mais incrédula que eu, ao levantar a cabeça e olhar para mim. Ela havia erguido uma sobrancelha suavemente, e eu sorri, sem mostrar meus dentes. Ela, insegura, tornou-se a aproximar sua cabeça da minha, olhando para mim. Beijei-a suavemente, sem muito clima, típico de um último beijo mesmo. Provavelmente, aquele, definitivamente, não era o melhor o qual havia dado, era, de longe, o pior: não consegui sentir o momento. Ela aproveitou mais do beijo do que eu, e separou o beijo, que durou, aproximadamente, seis segundos. Ao fazê-lo, sorriu de lado e saiu do cômodo. É, aquilo foi horrível.
Deitei sobre a minha mochila no quarto e comecei a cochilar. Eu não queria sair daquela casa, naquela hora. E comecei a ter, involuntariamente, espécies de "miragens" naquele momento. Aliás, eram sonhos, porém não duraram muito. 

– LEVANTA, DESGRAÇA ¬¬' – gritou uma voz familiar, vinda da porta do meu quarto, e, eu, involuntariamente, tive um espasmo parecido com a expressão de um susto, e me levantei. – Vamos embora, Joseph, são quase oito da manhã, você precisa ir pra Winstontown!!
– Sterling, faça-me um favor? Vai pro inferno ¬¬' – gritei. – Aliás, nem sei porque chamei você pra me levar pra lá, eu deveria ir dirigindo mesmo...
– Joe, eu não levantei à toa pra te carregar durante quatro horas numa viagem! – disse ele, batendo com força a porta na parede. – E o carro é seu. Você é uma merda dirigindo, então, quebra ele logo. Quando você estiver numa cadeira de rodas, você...
– Tá bom, caralho. – interrompi – Vamos logo, quero parar no Startbucks. Ainda bem que você não vai morar comigo, porque, cara, você é insuportável!
– Digo o mesmo de você, palhaço. – grunhiu ele, descendo as escadas agilmente.


Peguei minha mochila e desci as escadas. Sterling, com a chave em mãos, abriu a porta do carro. Entrei pelos bancos de trás, porque eu queria dormir a viagem inteira. Não estava com o mínimo ânimo pra ficar acordado e lembrar da Ashley. Aquela garota perseguia meus pensamentos, não importa se eu amasse-a ou não. Sei lá, é algo esquisito. Deitei, com a cabeça sobre a mochila, fazendo-a de travesseiro. Sterling deu a partida e eu já estava com o iPhone em mãos, ouvindo Otherside. Eu podia ver pela janela todo aquele matagal infeliz, verde {não, Joe, seu idiota, é azul, sabe? ¬¬'} e aquela asquerosa neve no chão. Eu odeio inverno. É como se o mundo estivesse coberto de gelo, menos por baixo do seu cobertor. Essa era uma das coisas as quais não tenho em comum com Selena. Ela adora o inverno, mas tenho certeza que essa estação deveria ter sido, literalmente, um inferno pra ela: Logan, o namorado dela, fugiu, no início de Dezembro do ano anterior. Ela devia ter ficado triste, tipo como eu fiquei: enchendo a cara de whisky num sábado chuvoso, curtindo uma fossa sensacional ouvindo You've Got a Friend , torcendo pra que a mãe não dê um flagra.
O inverno estava já no final, para a noooooooooooossa alegriaa {desculpa, eu não pude evitar essa frase clichê que já arde os ouvidos só de pensar}, com o início da primavera. Já dava pra ver as folhas se sobressaindo, a neve derretendo, as flores nascendo. Era algo que eu gostava de assistir. Não sou fã de ficar olhando os "fenômenos da natureza", e dizer "olha, que interessante! a vaca acabou de defecar! vamos santificar a bosta dela e vivermos felizes para sempre, weeee!". Não, eu sempre fui bem reservado.

#Joseph Adam Jonas Off

Olár povo lindo, tudo bem?
Olha, o capítulo não ficou muito bom e ficou até curtinho, mas é que eu quero enrolar um pouco até chegar uma parte aí, então eu coloquei essa aí do Joe e do Sterling. Eu juro que estou tentando entrar, mas durante um tempão não pude, por motivos pessoais { lê-se sociedade querendo que eu seja sociável e vá ser feliz no quinto dos infernos}  e porque quase não tenho ficado em casa ultimamente, mil perdões.
Bom, adiós (:


4 comentários:

  1. Amei o capitulo, você escreve muito bem (quando sai o livro? kk ') Eu ri com o negócio da vaca .-. Mais uma vez, amei *-* Muito bom mesmo, continua logo (tenha dó das minhas unhas)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Jessie, minha diva *0*
      Obrigadinha, mas eu não escrevo bem não, ran'
      Eu mal posso esperar pro capítulo três do Don't Trust Me, você, sim, acabou com as minhas unhas, U.U
      Tá postado, é pequenininho, mas foi rápido.
      Abracinho da feia here ;D

      Excluir
  2. Ficou muito lindo :) Estou mega sem tempo pra entrar no blogger, mas sua fic é muito linda.
    Beijos,
    Mandy ~

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada Mandy, vindo de você, isso é muito especial pra mim, você não tem noção, rsrs.
      Tudo bem, eu não tenho entrado muito também não. Às vezes eu entro no When You're Gone pelo celular, mas é horrível comentar por lá, então, sempre que tenho tempo, entro pelo notebook mesmo :)
      Abraço (:

      Excluir